Quem não acredita no que digo, espere um pouco, sente, cante comigo.
Quem não acredita no que falo, resista à tentação poderosa de achar o fim no intervalo.
Quem não acredita no que vejo, espere para ver muito além do seu ou do meu desejo.
Quem não acredita no que escuto, ouça o som interior pulsando em lugar do mundo fajuto.
Quem não acredita no que penso, deixe de pensar somente no padrão imposto do consenso.
Quem não acredita no que escrevo, destrua meus textos, me aponte com o dedo em riste o que lhe devo.
Quem não acredita no que sonho, crie seu horizonte, rebata com amor os versos que componho.
Quem não acredita no que acredito, perdoe minha ousadia, me diga seu adeus, esqueça o que eu digo, o que falo, o que vejo, o que escuto, o que penso, o que escrevo, o que sonho, o que acredito. Deixe tudo apenas para mim. E eu, a contragosto, o evito.
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
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