quarta-feira, 25 de abril de 2012

Yehoshua

Não busco a heresia, tampouco a desordem de crenças, mas o nome Jesus é judaico como a sua origem: Yehoshua, cujo significado é Jeová Salva, do Tetragrama Sagrado YHVH, em referência ao Deus de Israel. Já a palavra cristo, em grego, significa escolhido, ungido. Jesus, segundo a tradição cristã, foi escolhido por Deus para representá-lo na Terra, durante sua vida de cerca de 33 anos. Isso incomoda os judeus, já que desafia a ideia da unicidade divina. Entretanto, Jesus era judeu, praticava alguns rituais da religião e atendia pelo nome de Yehoshua ben Yossef. Esta tese foi defendida pelo tio-avô de Amós Oz, Yossef Klausner, catedrático de literatura na Universidade Hebraica de Jerusalém, nos anos 20 e 30 do século passado. Klausner foi criticado tanto por judeus quanto por cristãos. Já na Torá, o escolhido para redimir a humanidade, como exemplo de moral e ética, não é uma pessoa, mas um povo, o hebreu, embrião da comunidade judaica. Não seria surpresa, portanto, se Klausner, ousado e convicto, já tivesse estudado a questão na busca de uma solução para o dilema. E, nesta miscelânea cheia de aspectos comuns, tivesse se referido ao povo judeu como "o povo cristo".

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