sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Palavra

Do teu corpo nasce a palavra. Ela reverbera em minha alma de várias maneiras. Uma palavra, mil sentidos. A palavra surge como um eco silencioso em uma cadeia de montanhas. A palavra é livre. Multiplica significados, sua identidade levanta vôos, de águia ou de colibri, se expande em um universo de dualidades, paradoxos, reflexões e sutilezas. Uma mesma palavra desperta lágrimas, provoca sorrisos, sugere, contempla, acaricia e fere. Depende de quem a ouve. Ou da intenção com que foi dita. O sussurro de cada uma delas é multiforme. Se dissemina como a refração da luz na água. Constrói um templo com peças de lego. Cada detalhe revela ou oculta um discurso. A palavra pode ser o fim do começo ou o começo do fim. Mas, no fundo, ela nunca termina.

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