terça-feira, 22 de maio de 2012

Moria

Thomas Morus foi considerado exemplo de retidão. Pai devoto e humanista. Viveu entre 1478 e 1535, na Inglaterra e, depois de se tornar célebre escritor e advogado, foi chanceler na corte de Henrique VIII. Por interesse próprio, o rei quis se divorciar de Catarina de Aragão. Pediu a Morus que organizasse o divórcio. Ele se recusou, afirmando ser assunto do papa. O rei, então, o obrigou a se declarar favorável a um ato de supremacia do monarca em relação à religião. Seria Henrique VIII o novo chefe da religião protestante. Poderia assim se casar com Ana Bolena, o que aconteceu. Morus, que em grego significa loucura (moria), se manteve calado. Foi preso, depois enforcado. Anos depois, santificado pela Igreja Católica (1935). E personagem do filme O homem que não vendeu sua alma, ganhador do Oscar de 1966, representado por Paul Scofield, que também levou o prêmio de melhor ator. Morus ficou calado até sua morte. Depois, sua mensagem falou mais alto e se perpetuou. O conselheiro disse ao rei que aquela não foi a melhor maneira de se iniciar uma religião em um país. E nem precisou de palavras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário