quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sopro

O filho da puta entrou na sala e encontrou a puta que o pariu. Ela o acolheu em seus braços flácidos. O rosto barbudo e atormentado se aqueceu no corpo sofrido, ainda resistente. No pálato, o amargor deu lugar a um gosto de ternura. E sem dizer palavra, o olhar grato se expressou como um sopro, bem lá de dentro. “Mãe.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário