quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Revisão

Tentei escrever sobre Israel (no post Sinai). Enrolei-me. Quando o texto fica muito longo e eloquente, é porque os argumentos estão definhando. E é porque o assunto é complexo. No início, critiquei as recentes manifestações por mais habitações e qualidade de vida. Usei como mote o idealismo e o socialismo-trabalhista que construíram o país. Então me deparei com o capitalismo desenfreado que está gerando concentração de renda e injustiça social, ainda que pequena se comparada à de países pobres. Senti que os manifestantes têm suas razões. O governo pode estar enganando o povo, com o axioma de que precisa controlar gastos em função do alto investimento em segurança. E, não falando a verdade, é ele que pode estar ameaçando a continuidade do país. Deparei-me com a neurastenia daquela atmosfera. Essencialmente socialista, a nação judaica possui aberrações capitalistas, especulação imobiliária e uma evasão alta de divisas. Desenvolveu-se mesmo com as rusgas entre religiosos e trabalhadores, desde os idos de 1940. Os religiosos não percebiam que o suor, enevoado por argumentos céticos, era um símbolo de fé e espiritualidade. E os trabalhadores não viam que a religião é um ato de solidariedade. Os conflitos existem até hoje e ecoam pelo resto do planeta. Todos os países carregam, em sua essência, essas contradições neuróticas. Não é à toa que tudo acontece naquela região milenar e bíblica. Israel é, afinal, o umbigo da humanidade.

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