quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Roqueiro

Além de vocalista de rock, Bruce Dickinson é piloto de avião, dos bons. As melodias que canta ecoam pelas nuvens, aterrissam em palcos estranhos, vindas de suas entranhas, em viagens intermináveis, percorrendo o infinito por meio de sua voz, até o grito intenso, rouco e melodioso se calar, depois subir novamente, em pulmões turbinados, como se o pássaro metálico transportasse um rugido de dor devido a pancadas nas suas costelas e como se as suas costelas fossem a guitarra fazendo o som aumentar, em proporção às batidas de seu coração, enriquecendo naturalmente a relação lírica entre a rebeldia e a paixão, na dualidade da existência, que só se unifica de verdade quando o ídolo se vê homem, condutor do destino e conduzido por ele, entoando acordes que transpõem o horizonte de sua história, tocam a veia de uma pessoa e até das multidões, levando a elas uma mensagem incontestável. De que nesta vida somos todos pilotos e passageiros.

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