sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Redenção

Uma estátua desponta em meio a uma cadeia de montanhas. Ela é ínfima, se comparada com o tamanho das abóbodas rochosas cobertas de mata na região. Mas acolhe, encanta, dá segurança, é referência, se torna esperança. Em seu desenho, de braços abertos para a realidade, segue firme diante das tempestades, do sol forte, das rajadas de vento e do som ameaçador dos trovões. A ideia de colocá-la lá em cima, exaltando o conceito de redenção, foi a epifania de uma cidade. Mudou a história do Rio, coloriu-o com um glamour único, abriu caminhos para um novo século, para a democratização das praias, para a transformação de semblantes sisudos em sorrisos. Todos esses valores, extraídos somente da alma de uma peça de concreto. Imaginem, então, a capacidade transformadora de cada homem que um dia resolve subir a montanha. E ficar de braços abertos para a vida.

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