sexta-feira, 28 de maio de 2010

Constelação

Cada gênio da bola tem seu estilo. Nilton Santos era sábio e correto. Didi reinava discreto. Zizinho era menino levado, Platini, refinado. Falcão desfilava elegante. Zico definia em um instante. Doutor Sócrates, intuitivo e cerebral. Rivellino explodia, temperamental. Mágico era o Garrincha com sua espontaneidade. Zidane encarnava a seriedade. Mesmo sem fraque, Van Basten parecia maestro, de verdade. Gullit tinha um lado selvagem. Heleno fazia muita bobagem. Rijkaard era tático, o jogo de Cruyff era prático. O de Rivaldo, matemático. Beckenbauer tinha visão de comandante, Maldini dosava staccato com andante. Rummenigge esbanjava sutileza. Romário, esperteza. O jovem Ronaldo rasgava o campo como o vento, Ademir da Guia era lento. E os dois maiores, o que eram? Um pouco de tudo, cada um para o seu lado. Pelé era divino, Maradona, endiabrado.

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