terça-feira, 17 de agosto de 2010

Gargalhada

Mãos fechadas em torno da boca. O menino cochichou no ouvido do vizinho na mesa e em seguida viu, entusiasmado, a chispa de sua mensagem se espalhar em roda. Sussurros, olhares ávidos, sorrisos contagiantes. Um falou para o outro que contou para o do lado. O jantar, de tedioso se tornou radiante, imerso neste telefone sem fio. Na palavra final, todos libertaram uma estremecedora gargalhada, que, de tão forte, me fez esquecer até qual era a frase dita inicialmente.

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