quarta-feira, 25 de maio de 2011

Açaí

Cada bar-mitzvá e cada uma destas festinhas foram mesmo um grande acontecimento. Pousa em sua memória a lembrança do contentamento que o envolveu ao ver todos se mobilizando para ouvi-lo cantar na sua cerimônia religiosa. Por isso cantou bem, com a alma, o texto da Haftará de Isaías. E na benção após esta reza, caprichou na melodiosa canção, causando a admiração de todos. Então seus pensamentos pularam para a festa de um amigo, em que o comentário geral foi sobre a morte de Gilles Villeneuve, naquele fim de semana. Em outra ocasião, ele e um colega tomaram uma bronca do garçom, por causa de uma inocente guerra de flores, tiradas dos vasos das mesas do salão. Na festa seguinte, sentiu o clima de romance tomar conta dele, enquanto via a menina desviando o olhar em sua direção, ao som da sedutora música Açaí, que fala de vida, de natureza. De uma poeira tomando assento, sinal de que ele também um dia poderia organizar, e realizar, seus sonhos.

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