terça-feira, 17 de maio de 2011

Lost

Na ilha cheia de mistérios, o rosto de Jack, fino e harmonicamente alongado, prevaleceu. Seu olhar honesto, firme, convicto foi uma referência para os companheiros involuntários. Jacob nunca foi totalmente bom, teve um lado medroso. O Inimigo deixou-se levar pelo ódio. Está aí a origem do bem e do mal, em nuances que emergem de um ponto comum, de uma fonte de luz. De toda a complexidade do enredo, tão inexplicável como o nosso enredo, ficou um ponto: o vínculo afetivo dentro de um grupo. O ser humano é um ser social. Cada ilha precisa interagir com outras para uma vida plena de harmonia e superação. Lost foi uma série que contou a história de perdidos, em seus voos turbulentos, que lutavam contra a realidade da vida e que só puderam seguir em frente, na realidade da morte, quando se perceberam dependentes do amor de um pelo outro. A segunda chance veio em um momento em que não havia mais o tempo, em que a eternidade imperou no lampejo de um sorriso, no calor de um abraço, no instante de um reencontro. Este sim foi um voo sem volta.

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